Essa é a razão pela qual você deve usar o Telegram

Brynner Ferreira
2 min readMar 7, 2022
Em 2011, Durov respondeu às exigências do governo russo por mais controle sobre o seu site, compartilhando uma foto de um cachorro com capuz mostrando a língua. A sua mensagem ao Kremlin era clara: ele não faria o que eles queriam.

Pavel Durov, fundador do Telegram, publicou hoje, 7 de Março de 2002, em seu canal oficial no Telegram:

Se você acompanha os meus posts, sabe que do lado da minha mãe, a minha linhagem familiar vem de Kiev. O seu nome de solteira é ucraniano (Ivanenko), e até hoje temos muitos parentes morando na Ucrânia. É por isso que esse trágico conflito é pessoal tanto para mim quanto para o Telegram.

Algumas pessoas se perguntaram se o Telegram é de alguma forma menos seguro para os ucranianos, porque eu já morei na Rússia. Deixe-me contar a essas pessoas como minha carreira na Rússia terminou.

Nove anos atrás eu fui o CEO da VK, que foi a maior rede social da Rússia e da Ucrânia. Em 2013, a agência de segurança russa, FSB, exigiu que eu fornecesse os dados privados dos usuários ucranianos do VK que protestavam contra um presidente pró-russo.

Recusei-me a cumprir essas exigências, porque isso significaria uma traição aos nossos usuários ucranianos. Depois disso, fui demitido da empresa que fundei e fui forçado a deixar a Rússia.

Perdi a minha empresa e a minha casa, mas faria tudo de novo — sem hesitar. Sorrio com orgulho quando leio o meu post no VK de abril de 2014, que mostra os pedidos escaneados do FSB e minha resposta de marca registrada a eles — um cachorro com capuz.

Quando desafiei às suas exigências, as apostas foram altas para mim pessoalmente. Eu ainda morava na Rússia, e a minha equipe e a minha antiga empresa também estavam sediadas naquele país.

Muitos anos se passaram desde então. Muitas coisas mudaram: não moro mais na Rússia, não tenho mais empresas ou funcionários lá. Mas uma coisa permanece a mesma — eu defendo nossos usuários, não importa o quê. Seu direito à privacidade é sagrado. Agora mais do que nunca.

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